28 outubro 2006

Ainda dá tempo?

No último post desanquei a campanha de Alckmin. Pode ter sido até culpa de seus marqueteiros, mas é o candidato o responsável por concordar ou não com as propostas.
Alguns podem me criticar dizendo que não deveria criticar Alckmin neste momento, que estou ajudando Lula. Pensei sobre isso antes de postar. Mas, se debates em rede nacional não conseguem desviar o eleitorado dessa rota de colisão com uma montanha de excrementos, que dirá esse reles blog de 4 visitas por dia... sem contar que campanha ruim não é motivo para alguém mudar de candidato. Isso é coisa de gente superficial, e tenho pra mim que os superficiais já estão com Lula.

Mas esse post é para dizer que finalmente fiquei satisfeito com um debate. Não foi a saraivada que eu desejava a princípio, mas confesso que o resultado foi muito bom. Acho que desejava a saraivada porque queria algo como uma vingança, algo tipo quebrar a perna do artilheiro (se bem que nesse quesito, Lula está mais para Maradona, que faz gol com a mão (mão grande, inclusive) - detesto essas metáforas futebolísticas, que me lembram o Apedeuta, mas elas insistem em aparecer.

Alckmin foi beneficiado com as regras do debate: o tempo curto para as respostas não deixava ele falar demais, como de costume, e não dava margem para os malabarismos de Lula. Lula não fica a vontade quando não pode falar o que quer, e isso atrapalhou seu jeito malandro de ser (e de governar, com a malandragem do lado - e não falo da malandragem de Moreira da Silva, que me perdoe de onde estiver). Com isso, foi Alckmin que teve as boas tiradas. A Lula coube apenas a vontade de esfregar o dedo nas fuças do outro (nada difícil, é verdade). A melhor da noite foi ver Lula se defendendo da privatização da Amazônia. Nada como provar do seu próprio remédio, não é?

A alegria fica. O difícil é confrontar a realidade que pode ter sido em vão. Mas vou cuidar de manter a esperança viva! Se puder mudar um voto amanhã, eu o farei!

Antes de dormir:

Nas garimpagens da noite, entre blogs e comentários, bom mesmo foi o texto/áudio do Grix Fronte, sobre o valor do voto. Recomendo ler, ouvir e guardar para reler toda vez que sentir vontade de desistir e anular um voto ou coisa pior.

(Finalmente um post curto!)

1 Comentários:

At 7:16 PM, Blogger Ronald Pinheiro disse...

Caro Luís:

Pode ser que não dê tempo. Pode ser. Mas ainda assim duas razões me impelem para manter o voto em Alckmin: O imperativo moral e a vergonha na cara. Por conta desta, votamos nele. Por conta daquele, votaríamos nele mesmo que sozinhos; e ainda conseguimos votos dos indecisos. Não creio em milagres, sou menos religioso (em certo sentido) que você. Mas acho que o próprio fato de você levantar a pergunta é indicativo de que talvez dê, sim. Do contrário estaríamos dizendo "ferrou...".
Não podemos, entretanto, perder de vista os pontos importantes do momento: ganhando ou perdendo, o PT tentou, e continuará tentando destruir a democracia por dentro. Ganhando ou perdendo, o PT é uma ameaça à liberdade.
Para Alckmin e as forças que são nominalmente de oposição hoje, o dia 30 reserva, seja qual for o resultado, a necessidade de aprender com os erros grosseiros cometidos, apontados sobejamente por muitos de seus eleitores.

Mas cedamos aos encantos da Esperança: creiamos que há tempo e ajamos de acordo com esta crença, não nos custará nada.

Forte Abraço

 

Postar um comentário

<< Home